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Vir ao Japão – Não Descendentes

Não descendentes também podem morar no Japão

Nesta postagem vamos dar prosseguimento as maneiras de vir ao Japão com o título  Vir ao Japão – Não Descendentes .  Aqui vamos abordar as outras várias maneira de vir ao Japão a trabalho ou estudo. Como foi falado na postagem anterior, é possível vir ao Japão sem ser descendente de japoneses. Mas, isso não siginifica que o processo seja simples ou fácil.

Categorias Elegíveis de vir ao Japão

As outras possíveis formas de vir ao Japão sem ser descendente são:

  1. Turismo
  2. Estudo
  3. Trabalho

Turismo

É possível vir ao Japão com o visto de turismo que é de curta duração, 90 dias.  Quem mora no Japão e quiser trazer um parente para passear, a pessoa poderá solicitar no consulado japonês no Brasil, um visto de turismo. Neste caso, este visto poderá ser renovado por mais 90 dias depois que a pessoa estiver no Japão. Note, que não estou dizendo que isto acontecerá infalivelmente. Quem decide a concessão de visto no Brasil é o consulado e no Japão, a imigração.

Para que o visto seja concedido, existem vários critérios que devem ser levados em consideração. O principal, é que a pessoa deverá ter condições de se manter no país pelo prazo especificado. Geralmente, é solicitado que a pessoa comprove ter  condição financeira suficiente (não vale saldo bancário repentino). Serão solicitados também passagem de ida e volta e reserva em hotel pelo período estipulado. No caso de quem vem a convite  e vai ficar hospedado com parentes, é solicitado comprovantes de parentesco, mensagens trocadas confirmando o convite, além do compromisso de quem convida se responsabilizando legal e financeiramente pelo convidado.

Estudo

É possível também vir ao Japão como estudante.  Nesse caso, deve-se levar em consideração os gastos necessários com todo o processo. Tudo deve estar de acordo com o tempo em que se pretende  ficar  estudando no Japão. O custo de vida no Japão é alto, e portanto os gastos para se manter e pagar a escola, caso não tenha uma bolsa de estudos, podem ser bem elevados.  É bom ficar ciente também, que se houver permissão de trabalho enquanto estudante, geralmente não será um trabalho de tempo integral e o salário não será suficiente para se manter no Japão.  O gasto médio mensal para se manter e pagar a escola, pode sair por volta de R$12.000, enquanto um trabalho de meio período poderá render uma média mensal de no máximo uns R$3.000.

Em caso do estudante ser descendente, as coisas podem ficar muito mais fáceis, pois não dependerá do curso ou do trabalho para permanercer no país. E isso, é uma coisa que pode ajudar bastante. Além de que, poderá trabalhar sem restrições, caso tenha oportunidade, ou contar com o suporte da família que mora no Japão.

Já no caso de não descendentes, todo o processo de permanecer no Japão, vai depender de estar matriculado em alguma escola ou contratado em alguma empresa.  É importante também, ficar ciente que o aprendizado do idioma japonês será imprescindível.  Algumas escolas técnicas e universidades até oferecem cursos em inglês, mas são muito limitados.  Trabalhar e viver no Japão  falando apenas  inglês, vai ser praticamente impossível.

Concluir os estudos e continuar trabalhando

Se você pretende morar no Japão e não é descendente, é importante saber que,  para conseguir um trabalho que possa lhe garantir um visto de permanência, é preciso ter nível superior, pelo menos 10 anos de experiência na área e nível de conhecimento do idioma japonês de no mínimo o JLPT N2 (proficiência na lingua japonesa nível 2).  Se você não tem essas qualificações, mas quer vir de qualquer maneira, pode solicitar visto para estudar japonês no Japão, concluir o curso e depois com a ajuda da escola, procurar um curso superior profissionalizante ou universitário.

Lembrando que tudo isso vai custar muito caro, e você deve planejar bastante todo o processo. Além de que, vai ter que estudar com afinco e cumprir os prazos determinados, pois qualquer deslize pode resultar na perda de visto de estudante. Se esse é o seu objetivo, serviços como o GOGO NIHON podem ajudar em sua empreitada.

Trabalho

Como em qualquer outro país, não é possível simplesmente comprar uma passagem de turista e vir procurar emprego no Japão. Se você não é descendente e não tem visto de permanência, também é possível vir trabalhar no Japão, mas é preciso seguir alguns pré-requisitos. Em primeiro lugar, é preciso que uma empresa esteja necessitando dos serviços qualificados que você oferece.  Então, essa empresa pode fornecer o certificado de elegibilidade baseado na lista de serviços qualificados determinados pela imigração japonesa.  Não pode ser um serviço sem qualificação que qualquer pessoa possa execer.

Principais visto de trabalho:

Profissional Altamente Qualificado: Podem trazer acompanhante, cônjuge ou filho.

  1. Professores
  2. Médicos
  3. Jornalistas
  4. Artistas
  5. Engenheiros
  6. Pesquisador
  7. Cientista
  8. Gestor de Negócios

 

Profissional Especializado: Experiência mínima entre 3 e 10 anos na área em que atua.

  1. Cozinheiros
  2. Arquitetos
  3. Pilotos de Aeronave
  4. Trabalhador de Fábrica

Um conselho de quem mora há mais de três décadas no Japão

Como falei anteriormente, eu acho muito válido quem procura conhecer culturas diferentes. E também acho que ainda vale a pena vir ao Japão.  Entretanto, indico que você pesquise bastante e se intere de como é viver no Japão. Uma das coisas que mais vejo,  principalmente  agora depois do surgimento das redes sociais, são reclamações de brasileiros que moram por aqui. E não é qualquer tipo de reclamação. As pessoas estão no Japão há muito tempo e de uma forma ou outra tem algum tipo de frustação com a vida que levam.

De um lado, estão os antigos dekaseguis e seus descendentes, do outro, pessoas que vieram para empregos qualificados. Alguns falam o idioma fluentemente, outros não se interessaram em aprender o idioma, porque acreditavam que de uma forma ou de outra poderiam passar sem ele.  E geralmente o que existe em comum entre essas pessoas, é que não acharam importante se inserir na sociedade japonesa. Algumas dessas pessoas, até se casaram com um nativo, mas de acordo com o que falam, dá para perceber que vivem em uma bolha. Estão no Japão, mas na verdade  vivem em uma realidade paralela.

Os dekaseguis, vivem o dia a dia apenas da comunidade brasileira. Os profissionais altamente qualificados, vivem o dia a dia do seu grupo, falam em inglês as vezes até com o cônjuge japonês que conheceram no trabalho ou na escola.  Outros se especializaram no idioma japonês, mas parecem que são acadêmicos e estão longe do povo comum e falam coisas totalmente desconexa da realidade.

Por fim, meu conselho

No dia a dia do japonês comum, as vezes ele não quer falar com ninguém, e ao te encontrar finge que não te viu. Às vezes, falar muita coisa é desnecessário e só um monossílabo é suficiente. Se diz que a sociedade japonesa é machista, mas não falam que quem manda na casa é a mulher, inclusive recolhendo todo o dinheiro e dando uma mesada ao marido. A figura do veterano é levada em consideração, e a opinião das pessoas  mais jovens é sempre deixada em segundo plano, mesmo que saibam mais.

Então, será que essa sua vontade irrefreável de morar no Japão, está disposta a enfrentar todos os percalços de viver em uma cultura completamente diferente?  Provavelmente, a cada novo dia, você vai se deparar com alguma situação que não está de acordo com o universo que você compreende.  E de repente, é mais fácil acreditar que tudo isso é só contra você.

Se você pretende mesmo morar no Japão, tente aprender, se inserir e ver as coisas com novos olhos.

Imagem de capa by Mrsiraphol from freepik

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